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Uma crise que se previa sem kuhanha


“O Banco encontra-se hoje numa situação totalmente distinta daquela que o caracterizava no momento em que o Banco de Moçambique decidiu tomar a decisão de o intervencionar”. Esta observação foi feita pelo Presidente do Conselho de Administração do Moza Banco, João Figueiredo, numa entrevista ao Savana.

A intervenção do Banco de Moçambique permitiu sustentar um banco que estava a caminho das cinzas. A queda do Moza acontecia ao mesmo tempo que todo o sistema financeiro sentia-se abalado. Permitir que o Moza seguisse o caminho que estava a trilhar era o mesmo que assistir a derrocada de todo o sistema e o surgimento do caos sem que algo se fizesse.

É neste sentido que devemos analisar a situação do Moza. A verdade é que até Setembro de 2016 a situação do banco estava insustentável. A degradação dos indicadores económicos e financeiros criava um nervosismo nos accionistas assim como nos clientes, com parte destes a ensaiarem uma corrida para retirar o seu valor.

A intervenção do Banco Central tinha como objectivo proteger os interesses dos depositantes e outros credores, assim como a salvaguarda das condições normais de funcionamento do sistema bancário moçambicano.

A entrada de Kuhanha também deve ser vista neste interesse de salvaguardar os interesses destes grupos, pois, com a falha dos antigos accionistas e, posteriormente, das candidaturas sem requisitos exigidos de outras instituições, o Moza ficava sob o risco de fechar as portas e activar toda a realidade assustadoras que as partes envolvidas queriam evitar.

Dizendo de uma forma simples e clara, “se Kuhanha não tivesse entrado o Moza fechava. Deixava de existir”. Isto significaria o agravamento da crise financeira que já vem arrastando o país para incertezas; Os trabalhadores e as famílias seriam chamados a pagar o buraco financeiro; Muitos colaboradores iriam para o desemprego e os clientes perderiam o seu dinheiro.

A entrada do Kuhanha não só permitiu salvar o Moza e estabilizar o mercado financeiro, como também fez deste um banco com índices de solvabilidade consideravelmente robustos, tornando-o na instituição financeira com o maior capital social da praça, e uma das 4 maiores em termos de Capitais próprios.

Esta situação de estabilidade é o que país precisava, principalmente neste momento que fala-se de um esforço para o desenvolvimento da economia. E, de acordo com relatório recente da Economist Intelligence Unit, a solução Kuhnha encontrada para o Moza é justificável.

Fonte: Jornal Notícias

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